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domingo, novembro 23

Notas de início de semana
A primavera quase eterna de Los Angeles prossegue inalterada. O sol inunda as paredes de domingo e um imenso céu azul estende-se pelo horizonte. Visto daqui, o mundo parece doce. Quase bucólico.

Raivinhas de estimação (I)
A expressão ”tradição judaico-cristã” e as tentativas de a referenciar no Tratado Constitucional Europeu: Ao pretender amalgamar duas mundividências radicalmente distintas, esta expressão tenta juntar o incompatível. Não existe nenhuma “tradição judaico-cristã”! Paulo de Tarso deixou isso bem claro quando transformou em religião distinta o que então era uma seita judaica. O mito da “tradição judaico-cristã” nasceu no seio do protestantismo liberal americano do século XIX e nada tem a ver com valores ou tradições europeias.

a) Sobre este mito escreveu o conceituado historiador e rabino Jacob Neusner: “A tradição judaico-cristã é algo que não existe, quer de um ponto de vista histórico ou mesmo teológico. Não é mais do um mito secular.”

b) Joshua Jehouda, refuta ainda mais: A expressão judaico-cristão é um erro que tem alterado a história universal pela confusão que lançou na mente dos homens, se por ela se faz crer na origem Judaica do Cristianismo(...). O termo ‘judaico-cristão’ é baseado numa 'contradictio in abjecto' que tem levado os caminhos da história pelo lado errado. Liga num fôlego duas ideias que são completamente irreconciliáveis, procura demonstrar que não existe diferença entre dia e noite, entre quente e frio ou preto e branco, introduzindo assim um elemento fatal de confusão numa base sobre a qual, mesmo assim, alguns se lançam a construir uma civilização.”
(l'Antisemitisme Miroir du Monde pp. 135-6)


Sinais exteriores de Judaísmo
O crescendo de antisemitismo em França leva o rabino chefe da comunidade de Paris a desaconselhar o uso de kippot nas ruas. Onde está afinal a tradição judaico-cristã quando é precisa?