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segunda-feira, março 15

Heterodoxias – Um Erro de Palmatória
Cada vez que se fala em extremistas religiosos judaicos, no contexto de Israel ou noutro qualquer, há uma tendência generalizada para se falar de “ortodoxos”. Quem assim fala, e escreve, demonstra com as suas próprias palavras não saber o que diz. A esmagadora maioria dos judeus de todo o mundo são ortodoxos – apenas à excepção dos EUA, onde os movimentos do Judaísmo Conservador e Reformado possuem um número significativo de aderentes. Os judeus portugueses, tal como todos os sefarditas, são ortodoxos. A ortodoxia (do grego “opinião correcta”, peço à Carla que me corrija se estiver errado) significa simplesmente a aderência às doutrinas, regras e mandamentos do judaísmo tradicional. Nada mais, nada menos do que isso. Os extremistas nunca podem ser denominados “ortodoxos” precisamente por não pertencerem à ortodoxia, ou seja, à opinião dominante. Em vez disso, e apesar de heterodoxos, podem ser classificados como “ultra-ortodoxos” – conhecidos pelos termos hebraicos “haredim” (temerosos perante Deus) e “hassidim” (pios).
Os meus leitores que me perdoem a acidez pouco habitual deste post, mas esta é uma das minhas (poucas) ravinhas de estimação.