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segunda-feira, julho 12

A Verdade Morreu

Um poema para um país em crise

A Verdade morreu
Não se estima a piedade,
A infâmia e o erro
São fortes e poderosos,
Não há quem busque ser
Virtuoso e humilde,
E o respeito de Deus
Foi esquecido.
Ninguém sente desgraça
Em ser pedinte,
Grande é a vergonha,
As almas são pequenas face à culpa.
Em vez de amigos
Há inimigos.
Na companhia
Há inveja,
E amor fraternal
É um engano.
Honra
Não mais existe.
Dinheiro é a Palavra –
E quem o tem é senhor.
Todos fazem dele discussão.
Meu Deus, o que será de nós!



Ulma Seligman (séculos XVI e XVII), poeta judeu alemão. Poema extraído do livro “Der Zuchtspiegel” (O Espelho da Virtude), publicado em 1610.
[N.T. –Traduzido para português com base na tradução do yiddish original para o hebraico feita por Joseph Leftwich.]