<$BlogRSDUrl$>

segunda-feira, setembro 27

Chegar até onde
a luz se põe sem querer



chegar até onde a luz se põe sem querer
saber porque se põe (ser do céu uma das
cores) e/ou pertencer ao quente ar do
crepúsculo sentindo que nenhum outro

exacto momento se repete assim. depois:
deixar sair os olhos em contínuos voos
espirais como aves de mar a cair na espera

ondulante das águas e acreditar nas leis do
pensamento como quem mais não pode
que aceitar porque o homem é breve ainda
para se conseguir compreender. eis que tudo

quanto é sonho se torna real tudo quanto é
temporal ocorre agora dissipando eventuais
porquês perante a real forma das coisas

João Luís Barreto Guimarães (poema inédito)

[Ver nota neste post]