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sexta-feira, janeiro 23

 “A Noiva do Shabbat”, Judith SilvermanTempus Fugit
À beira do Shabbat, a semana acaba sem deixar nas margens tempo que chegue para aqui escrever tudo o que seria fundamental. Yehuda Amichai é que estava certo. A razão deste post prende-se com isso mesmo: é uma promessa anotada de temas que regressarão à Judiaria assim que as estrelas surgirem no fim do horizonte de sábado. Primeiro, cumprirei o que prometera já pessoalmente ao José e tentarei responder às questões levantadas no seu imprescindível Guia dos Perplexos (e já agora também à interrogação de David Bengelsdorff) acerca do meu postEm que acreditam os judeus?”. A prosa promete desde já ser um enfado de hermenêutica judaica e, por isso mesmo, a não perder!
Voltarei também ao “O Judeu nos Painéis de São Vicente”, alvo de polémica disputa por parte do notável bibliófilo Almocreve das Petas. Os Painéis de São Vicente, os seus “mistérios” e “charadas”, são um exemplo de vetusta controvérsia nada pacífica, mas irei tentar explicar porque concordo amplamente com a tese de António Salvador Marques no que diz respeito ao judeu do painel. Quando à possibilidade deste ser ou não D. Isaac Abravanel, isso é já outra discussão.
Na lista de tarefas a cumprir aqui na Judiaria consta também um comentário ao brilhante artigo de Francisco José Viegas no JN, intitulado "Pois Tu Foste Estrangeiro", e disponível no Aviz. Há muito que andava para escrever aqui sobre emigrantes, imigrantes e imigração e o artigo do Francisco é o pretexto mais do que perfeito para o fazer. O tema toca-me particularmente por viver no estrangeiro. Gostava de explorar, para além das experiências dos outros, também a minha própria self-image: o que é isto de ser português, viver na América e não me sentir “emigrante”.
Finalmente, faltam-me os agradecimentos. Muita gente tem escrito, comentado e mesmo elogiado a Rua da Judiaria sem que eu tenha mostrado o mínimo reconhecimento. A injustiça será rectificada em breve.
Shabbat Shalom!