quarta-feira, julho 14
Barreira de Segurança I (Outros Muros)
Sobre o muro de Israel, e as minhas posições pessoais sobre o tema, falarei num post seguinte. Por agora, penso ser importante dar a conhecer aos meus leitores outros “muros” – ou barreiras de separação – cuja existência tem passado largamente despercebida.
Vamos aos recortes.
O texto completo pode ser encontrado aqui, embora os números estejam já um pouco desactualizados. A barreira espanhola – ou o “muro de Ceuta” – tem agora oito metros de altura e custou 60 milhões de euros, com a sua construção a ser custeada parcialmente com fundos comunitários.
Mas esta não é única.
Esta notícia, datada de Janeiro passado e apenas disponível em telex, recebeu também pouca ou nenhuma cobertura por parte dos media europeus.
Para além de Espanha e do Kuwait, também a Índia, a Tailândia, o Botswana, o Uzbequistão e a Arábia Saudita possuem ou estão a construir barreiras de segurança nas suas linhas de fronteira.
Em relação à barreira espanhola em redor de Ceuta, o diário conservador israelita Maariv não resistiu à comparação: “Aparentemente, segundo o ponto de vista europeu, os aspectos éticos de uma barreira de separação resumem-se a uma mera questão de geografia”, escreve o colunista Gad Shimron. Apesar das minhas leituras do Maariv serem sempre feitas com algumas reservas, a equiparação aqui parece-me inevitável. Ceuta e Melilla são dois enclaves espanhóis em território marroquino. Desde a independência de Marrocos, em 1956, que estas duas cidades são encaradas por Rabat como “quasi-colonatos” estrangeiros no seu território nacional.
(continua)